domingo, 1 de novembro de 2009

O PAPEL DA INCLUSÃO DIGITAL NO PROCESSO EDUCATIVO

O PAPEL DA INCLUSÃO DIGITAL NO PROCESSO EDUCATIVO


Acredito que o uso do computador e da Internet em todos os setores da vida pode nos mostrar possibilidades fantásticas de aprendizado e formação educativa, ao mesmo tempo, pode agravar a questão da exclusão social, afinal pessoas que se encontram na escala dos excluídos acabam entrando em outras estatísticas, a dos “excluídos digitais”, podemos dizer até que é a desigualdade social adquirindo uma nova face (tecnológica e informacional) tão cruel como as outras.
A educação também está nessa difícil posição, é uma tarefa urgente inserir as tecnologias de comunicação e informação na sala de aula para que se possa garantir a qualidade do ensino na formação do indivíduo. A preocupação maior não é só o aluno, mas também o professor, afinal, de nada adianta distribuir equipamentos se não investir na formação do educador para transformar a tecnologia em ferramenta educativa.
A tecnologia deve ser uma grande aliada do educador, são muitas as contribuições nesse sentido: o repensar da prática pedagógica, a transformação do modelo educacional, tornando – o mais atraente e estimulante ao aluno.
As pesquisas mostram que 48% dos profissionais de educação básica não utilizam computadores, esse resultado disse que a maior parte desses profissionais estão na metade da carreira, podendo se candidatar nos próximos anos à aposentadoria não ocorrendo assim o interesse para a reciclagem tecnológica.
Na exclusão digital é importante ressaltar que não é apenas a dificuldade em não possuir um computador, mas podemos dizer que ser um incluso digital é não se utilizar dos meios tecnológicos ( telefone, computador,celular) para facilitar o seu trabalho. Para que possamos entender esse assunto vale lembrar que a exclusão digital é resultado da exclusão social, pois as pessoas excluídas do mundo tecnológico na sua maioria são os excluídos sociais, pois a Internet no Brasil ainda está restrita às classes privilegiadas.
O risco da exclusão social via exclusão digital é enorme. O professor, após adquirir sua formação, precisa aprender sozinho para poder se manter atualizado, e a Internet desempenha papel crucial nessa questão, criando novas formas de conhecimentos ou complementando a escola tradicional, portanto haja vista se a Internet fica limitado a poucos professores privilegiados, ela tende a aprofundar ainda mais as diferenças sociais. A maior dificuldade para o professor se manter atualizado seria a defasagem salarial, pois os custos para essa atualização geralmente não são compatíveis aos recursos financeiros que a maioria dos professores possuem.
É necessário que os professores em sua maioria se atualizem dos computadores em seu dia-a-dia da sala de aula. Para eles é mais fácil ensinar com seus livros e esquecem que a sua maior função é ensinar para a vida, então porque deixar só para os professores de informática a responsabilidade de transmitir tecnologia para nossas crianças?
É preciso que os professores entendam que a sala de aula também deve ser um laboratório de informação, onde se pode fazer uma atividade qualquer como uma aula de história ou matemática.
O professor deve se conscientizar que na educação, a Internet traz um potencial inovador, pois permite superar as paredes da sala de aula, com a troca de experiências entre alunos de outras cidades, estados e até países, e que este novo ambiente de aprendizagem, que não reside mais apenas na escola, mas também nos lares e empresas, trazendo novos desafios para os professores, mais do que nunca chamados a serem Facilitadores e Motivadores. O uso da microinformática deve estar no cotidiano da sala de aula; esse ainda é nosso grande obstáculo.
A tualmente o professor não tem que ter mais medo de ser substituído por outro professor, ele pode ter receio de ser substituído por um professor que detenha a tecnologia, quer dizer é preciso se apropriar da tecnologia e fazer uso de sua prática em sala de aula, cabe ao professor buscar essa capacitação, estar sempre atualizado é muito importante para repensar a prática pedagógica afinal o papel do professor, cada vez mais, é o de formar cidadãos para essa nova sociedade do conhecimento.
Para concluir, gostaria de frisar que a inclusão digital não apenas ensinar a utilização da tecnologia ou disponibilizar o acesso à rede.
Na educação, a Internet traz um potencial inovador, permitindo superar as paredes da sala de aula. Este novo ambiente de aprendizagem traz desafios para os educadores, que se tornam facilitadores e motivadores.
O profissional do futuro ( e o futuro já começou) terá como principal tarefa aprender, pois para executar tarefas repetitivas existirão os computadores e robôs. Ao homem compete ser criativo, imaginativo e inovador.
A escola tem que preparar seus alunos para esta realidade, eles terão que aprender a aprender, a aprender a fazê-lo com autonomia.
O conceito de educação será mais válido do que nunca, transformando-se em cultura.
Não existe máquina que substitua o professor, mas existirá uma nova formação do professor preparando-os para serem mediadores e estimuladores, sabendo orientar os educadores sobre onde colher as informações e como utilizá-las.


MARCO ANTÔNIO ROSA

Um comentário:

  1. Olá Prof. Marco, apreciei muito o seu texto e estou plenamente de acordo. Com a tecnologia o céu é o limite...

    Passo a seguir o seu blog. Continue escrevendo.

    Liebe Lima

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